Em 1744, John Wesley e nove dos seus colaboradores, todos anglicanos, se
reuniram para descobrir o propósito de Deus em levantar o metodismo.
Depois de muita oração, concluíram que Deus os chamava para “reformar o
país e, em particular, a Igreja [da Inglaterra] e espalhar a santidade
bíblica por toda a terra”. A obra teria embasamento numa atualização e
ampliação das grandes doutrinas da Reforma de Lutero, buscando aplicar
as boas novas à situação social da época.
Segundo o historiador H. O. Wakeman, a Igreja da Inglaterra começou a
perder o seu vigor no tempo dos reis William. Em seu livro “Introduction
to the History of the Church on England” (Introdução à História da
Igreja na Inglaterra), o autor diz que “quando os sinos dobraram em 1714
para saudar a entronização de William I, eles anunciaram a morte dos
seus [da igreja] altos ideais e vida vigorosa por mais de meio século”.
Outrora vigorosas, as denominações oriundas do puritanismo
(congregacionais, presbiterianas e batistas) foram enfraquecidas pela
imposição de uma única forma de culto (segundo o Livro de Oração Comum).
Esse enfraquecimento se intensificou com o crescimento do socinianismo
(unitarismo) no meio das igrejas.
Em resumo, o cristianismo inglês no século XVIII estava em profunda
decadência, carecendo de uma nova reforma. Foi nesse cenário que John
Wesley reafirmou os grandes princípios da Reforma Protestante do século
XVI no seu ensino, pregação e vivência, trazendo verdadeira renovação ao
cristianismo britânico.
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